Fundação BB e governo federal apoiam agricultores familiares para o cultivo de plantas medicinais

Acordo de cooperação assinado em Jardinópolis (SP) vai apoiar a agricultura familiar na cadeia de valor de plantas medicinais, fitoterápicos e produto

Fundação BB e governo federa

Fomentar e desenvolver cadeias de valor de plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil e promover a geração de renda na agricultura familiar estão entre os objetivos do Acordo de Cooperação para o Programa de Desenvolvimento de Cadeias de Valor de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PDFITO) assinado entre a Fundação Banco do Brasil (Fundação BB), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O termo foi firmado na sexta-feira (07), na Farmácia da Natureza, em Jardinópolis (SP), um espaço de referência no estudo e desenvolvimento da fitoterapia que se enquadra no modelo de Farmácia Viva com o cultivo, produção e distribuição gratuita de fitoterápicos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Para o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, a parceria é fundamental para o país ao fomentar o aperfeiçoamento e expansão da produção de medicamentos acessíveis, eficientes e eficazes no tratamento de enfermidades diversas. “O Sistema Único de Saúde (SUS) já conta com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e há espaço para que ela seja potencializada e ampliada. Queremos investir na formação de agricultores familiares para o cultivo de plantas medicinais, dentro dos parâmetros de qualidade exigidos, que serão adquiridas pelo SUS no âmbito das Farmácias Vivas, iniciativa do Governo Federal que promove o uso de plantas medicinais e fitoterápicos na atenção primária à saúde”.

A união de esforços da Fundação BB com o MDA e MDIC busca trazer mais protagonismo e oportunidades para a agricultura familiar e extrativista nas cadeias de valor de plantas medicinais e fitoterápicos, por meio das Tecnologias Sociais e da industrialização sustentável. O acordo de cooperação tem como missão promover o crescimento econômico aliado à preservação do meio ambiente e aos benefícios sociais para agricultores familiares e extrativistas.

Para o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Rodrigo Rollemberg, é preciso ampliar o estudo, conhecimento e preservação da biodiversidade brasileira e transformá-la em produtos que beneficiem o cidadão. “Vamos dar ao acordo de cooperação a maior importância, pensar em como podemos escalar o que já está sendo feito, porque essa parceria é estratégica para a população”. 

O PDFITO surgiu da interação entre a Fundação Banco do Brasil e o Governo Federal para explorar o gigantesco potencial da biodiversidade vegetal brasileira, de maneira sustentável. A iniciativa tem um amplo escopo de impactos positivos. Promove a geração de renda no âmbito da agricultura familiar com foco na agroecologia (modelo de produção agrícola que une conhecimentos ecológicos, científicos e saberes tradicionais em sistemas agrícolas sustentáveis, valorizando as comunidades rurais) e, em consequência, salvaguarda o patrimônio genético e o conhecimento tradicional. 

Para o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Guimarães Morais, a parceria está alinhada ao compromisso da instituição com o desenvolvimento sustentável e a inclusão. “A Fundação BB, que completa 40 anos em 2025, tem como pedra fundamental esse olhar para um futuro estratégico, sendo instrumento de desenvolvimento e integração nacional. O acordo firmado hoje engloba esse encontro de saberes tradicionais com os conhecimentos formais adquiridos em instituições de ensino, como as universidades, uma perfeita sincronia que revela um processo de composição entre os conhecimentos acadêmicos e aqueles milenarmente adquiridos neste percurso de seleção e identificação de plantas nativas”. 

A coordenadora da Farmácia Viva e presidente da Casa Espírita Terra de Ismael, Profª Ana Maria Pereira, enfatizou a amplitude da biodiversidade brasileira e a capacidade de ofertar insumos farmacêuticos (IFAs) que dariam ao país independência nesta área. 

“As Farmácias Vivas são um instrumento de política pública e tecnologia social que surgiu da interação entre o desenvolvimento tradicional e o conhecimento científico, com oportunidade para gerar renda dentro do país e reafirmar sua soberania em relação à produção de medicamentos e plantas medicinais. Hoje, 97% dos medicamentos consumidos no Brasil são importados. O país é muito diverso, com uma riqueza inestimável, pouco conhecida e pouquíssimo estudada. Em um mundo com constantes ameaças, a dependência de outros países é algo muito grave, especialmente em áreas sensíveis como a saúde. Precisamos e queremos mudar essa realidade”, enfatiza Ana Maria.

Após a assinatura do acordo de cooperação, as instituições parceiras irão estruturar projetos em outras comunidades com potencial produtivo, fortalecendo as Farmácias Vivas como referências técnicas para a qualificação da produção da agricultura familiar e extrativista.

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