Brasil avança na independência energética com E30: redução de custos e impulso à bioenergia

"Nova mistura de etanol à gasolina pode baratear o combustível, reduzir emissões e fortalecer o setor de biocombustíveis no Brasil."

Brasil avança na independênc

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta segunda-feira (17/03) que a implantação do E30, mistura de 30% de etanol anidro à gasolina, poderá reduzir o preço do combustível e tornar o Brasil independente da importação de gasolina. A declaração foi feita durante a apresentação dos resultados dos testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram a viabilidade técnica do novo combustível.


Com a ampliação da mistura de etanol, estima-se uma redução de até R$ 0,13 por litro da gasolina, impacto que também contribuirá para o controle da inflação. “Estamos dando mais um passo para transformar a lei do Combustível do Futuro em combustível do presente. O E30 não apenas reduz o custo para o consumidor, mas fortalece a economia e a segurança energética do Brasil”, afirmou Silveira.

A transição do E27 para o E30 evitará a importação de 760 milhões de litros de gasolina por ano, impulsionando a produção nacional de biocombustíveis. O ministro destacou que a nova mistura representará um aumento de 1,5 bilhão de litros na demanda por etanol e investimentos estimados em R$ 9 bilhões no setor. “O E30 é seguro para nossa frota de duas e quatro rodas. Com ele, o Brasil deixará de ser refém do mercado internacional e da volatilidade dos preços externos. O preço da gasolina será determinado pela competitividade interna, e não pelo preço de paridade de importação”, destacou.

Os testes com o E30 representam um novo avanço na implementação da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que estabelece diretrizes para a descarbonização e modernização da matriz energética brasileira. A legislação permite ampliar o limite de etanol na gasolina para até 35%, desde que comprovada a viabilidade técnica, reforçando o compromisso do país com a segurança energética e a sustentabilidade.

A adoção da nova mistura também poderá reduzir em 1,7 milhão de toneladas a emissão de gases de efeito estufa por ano, o equivalente à retirada de 720 mil veículos das ruas anualmente. Os testes do IMT foram acompanhados por entidades do setor automotivo, como Anfavea, Sindipeças, Abraciclo e Abeifa. Com a comprovação da viabilidade técnica, a proposta de ampliação da mistura para 30% deverá ser encaminhada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda neste ano.

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