Abastecer com gasolina pesa mais no bolso de famílias do Norte e Nordeste, mostra estudo da Veloe

Na média nacional, custo do tanque correspondeu a 5,8% da renda domiciliar mensal, enquanto no Sul, Sudeste e capitais, percentuais apurados foram men

Abastecer com gasolina pesa

São Paulo, junho de 2025 – Abastecer um tanque de 55 litros com gasolina comum consumiu, em média, 5,8% da renda domiciliar mensal das famílias brasileiras no primeiro trimestre de 2025. Os números fazem parte da nova edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Os resultados do Indicador de Poder de Compra também evidenciaram desigualdades regionais importantes, especialmente em termos da renda e do poder aquisitivo das famílias. Em relação à média nacional (5,8%), por exemplo, a proporção da renda domiciliar mensal necessária para custear o mesmo volume de gasolina nas capitais foi comparativamente menor (3,9%). Importante ressaltar que o consumo de combustível também pode ser maior nos grandes centros urbanos, o que pode acabar neutralizando essa vantagem na esfera da renda.

Os resultados também evidenciam desigualdades regionais: enquanto esse gasto representa 4,8% da renda no Sudeste e 5,0% no Sul e Centro-Oeste, ele chega a 8,0% no Norte e 9,2%, na região Nordeste do país. Entre os estados, as diferenças opuseram, de um lado Distrito Federal (3,3%), São Paulo (4,4%), Santa Catarina (4,7%), Rio Grande do Sul (4,9%) e Rio de Janeiro (4,9%), por um lado, e Maranhão (10,8%), Acre (10,7%), Ceará (10,1%), Bahia (9,6%) e Alagoas (9,5%), de outro.

Na comparação com o 1º trimestre de 2024, o levantamento não mostrou variações significativas nos resultados registrados no início de 2025, seja na média nacional ou das capitais. Nesse sentido, pode-se afirmar que o aumento na renda domiciliar foi fundamental para garantir a estabilidade no poder de compra das famílias brasileiras.

Queda nos preços atinge todos os combustíveis em maio

Em relação aos números de abril, o estudo apontou queda nos preços médios de todos os seis combustíveis analisado em maio, com destaque para o barateamento do diesel comum e do diesel S-10 (ambos com -2,5%), seguidos pelas quedas de preço da gasolina aditivada (-0,6%), gasolina comum (-0,5%), etanol e GNV (ambos com -0,3%).

No acumulado de 2025 (até maio), quatro dos seis combustíveis apresentaram elevações nos respectivos preços médios nacionais, com destaque para etanol (+5,1%), à frente da gasolina comum (+2,4%), gasolina aditivada (+2,1%) e GNV (+1,1%). Já os preços do diesel comum e do S-10 seguem praticamente estáveis no ano (+0,03%).

Já em 12 meses (ou seja, em comparação a maio de 2024), todos os combustíveis seguem mais caros nos postos, sendo os maiores aumentos de preço registrados no abastecimento com etanol (+12,7%), gasolina comum (+7,4%) e gasolina aditivada (+7,2%), diesel comum e diesel S-10 (ambos com +3,3%), além de GNV (+1,1%).

De acordo com o levantamento, a gasolina comum teve preço médio nacional de R$ 6,363 em maio. As maiores médias foram encontradas no Norte (R$ 6,767) e Sul (R$ 6,467). Apenas o Centro-Oeste registrou alta regional no mês (+0,7%).

O etanol foi comercializado a R$ 4,374, com destaque para os preços no Norte (R$ 5,280) e Nordeste (R$ 4,916). Em relação a abril, as maiores quedas de preço ocorreram no Sudeste (-0,9%) e Sul (-0,7%).

Já o diesel S-10 foi comercializado pelo preço médio de R$ 6,217 por litro em maio, contando com retrações nos preços praticados em todas as regiões brasileiras, especialmente no Sul (-3,2%) e Centro-Oeste (-2,9%).

Gasolina x Etanol

De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em maio de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72,3% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,9% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões.

Como ambos os percentuais superam o patamar de 70% — considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex —, a gasolina comum tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento.

Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercados.

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