A produção de etanol em Mato Grosso segue em ritmo acelerado e deve dobrar nos próximos dez anos, segundo projeção da Bioind (Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso). Na safra 2024/2025, o estado alcançou a marca de 6,7 bilhões de litros, um salto de 17,09% em relação ao ciclo anterior — crescimento muito acima da média nacional, que ficou em 3,65%.
De acordo com o presidente da entidade, Silvio Rangel, Mato Grosso deve atingir 7 bilhões de litros já na próxima safra. Mantido esse ritmo, a produção poderá chegar a 14,35 bilhões de litros por safra até 2033/2034.
“Mato Grosso já é campeão em soja, milho, algodão e bovinos. Agora é o momento da agroindústria”, destaca Rangel.
Atualmente, o estado conta com 15 usinas em operação e duas em construção, consolidando a bioenergia como novo pilar da economia mato-grossense.
Logística é o desafio
Para sustentar esse avanço, a Bioind defende investimentos urgentes em infraestrutura, com destaque para a implantação do etanolduto. O objetivo é reduzir os custos logísticos e ampliar a competitividade do etanol no mercado nacional.
“Passa a ser muito importante para entregar ao consumidor um produto com custo menor”, afirma o presidente da Bioind.
Com essa expansão, Mato Grosso reforça seu papel estratégico na transição energética do país e no fortalecimento da sustentabilidade no setor de combustíveis renováveis.